Sob a perspectiva de que incluir vai muito além do que a mera construção de rampas, mas requer respeito, atitude e empatia, a Justiça Federal da 5ª Região (JF5) iniciou, nesta segunda-feira (18), a II Semana de Acessibilidade. O evento foi organizado pelas Comissões Permanentes de Acessibilidade e Inclusão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região - TRF5 e das Seções Judiciárias vinculadas e, este ano, trouxe o tema “Caminhos da Inclusão – Fortalecendo o Protagonismo da Pessoa com Deficiência”. O objetivo é discutir e refletir sobre os avanços e desafios da inclusão no Poder Judiciário. 

A abertura das atividades, realizada de forma online, através da plataforma Zoom, contou com a participação do presidente da Comissão de Acessibilidade do TRF5, desembargador federal Edvaldo Batista. “O objetivo é debater os caminhos que devemos percorrer para concretizar, para tornar efetivo esse grande princípio, que é a acessibilidade das pessoas com deficiência, para que sejam sempre incluídas na nossa sociedade”, ressaltou o magistrado.  

Em seguida, o juiz federal Danilo Fontenele, da Seção Judiciária do Ceará, apresentou o livro infantil “O jardim da minhoca Noca”, de sua autoria.  A obra conta, de forma lúdica, como a minhoca, que não possui visão nem audição, encontra pelo jardim vários outros personagens com deficiência. O livro tem QR Code, para que as pessoas cegas possam acessar a narração, além de um glossário e diversos girassóis nas ilustrações, símbolos das doenças não perceptíveis.  

A programação também contou com o webinário “Justiça Acessível: um caminho possível”, que teve como convidada a professora Maria Dolores Fortes Alves, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), e o advogado Paulo de Assis Ferreira da Luz. O debate foi mediado pela servidora da Justiça Federal na Paraíba (JFPB), Clarissa Gomes de Sousa. Ela falou sobre a relevância do evento, que retomou o compromisso institucional da I Semana de Acessibilidade de 2022, cujo tema girou em torno do protagonismo da pessoa com deficiência. “A semana visa atender tanto aos membros internos da Justiça Federal quanto ao público geral. O Judiciário tem o papel não somente inserir, mas, também, de incluir. Inserir está relacionado à questão numérica. Incluir dá a cada pessoa a possibilidade do autoexercício da cidadania”, afirmou. 

A reflexão se estendeu com a participação de Paulo Luz, que destacou sua trajetória e comprometimento com os direitos das pessoas com deficiência. “A inclusão é um caminho sem volta, mas esse caminho ainda é muito longo”, pontuou o advogado. Já a professora Maria Dolores Fortes Alves reforçou a ideia de que a verdadeira inclusão começa internamente. "A inclusão começa dentro da gente. Lutamos todos os dias pelo direito de ter direito ", declarou. 

A programação segue até a sexta-feira (22), com atividades online e presenciais, que acontecerão na Seção Judiciária do Rio Grande do Norte (SJRN).  

Clique aqui para saber mais sobre a programação.