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  • TRF5 lamenta falecimento da artista plástica Marianne Peretti
    Última atualização: 04/05/2022 às 14:16:00


    Obras da artista podem ser conferidas no edifício-sede doTRF5

    O Tribunal Regional Federal da 5ª Região – TRF5 lamenta o falecimento da artista plástica franco-pernambucana Marianne Peretti. Ela morreu no último dia 25 de abril, no Recife, aos 94 anos. Filha do historiador pernambucano João de Medeiros Peretti e da modelo francesa Antoinette Louise Clotilde Ruffie, era considerada a mais importante vitralista do Brasil, tendo sido a única mulher a integrar a equipe de Oscar Niemeyer na construção de Brasília. A artista se mudou para o Brasil em 1956 e, por mais de três décadas, viveu em um casarão na cidade de Olinda.

    Com um trabalho marcado por vitrais coloridos e esculturas monumentais, Mariana Peretti assinou obras como os vitrais da Catedral de Brasília e do Panteão da Pátria, além de esculturas no Teatro Nacional e no Senado Federal. Seu trabalho também pode ser contemplado por magistrados, servidores e visitantes no edifício-sede do TRF5.  São quatro obras da artista integradas à arquitetura do prédio da Corte: o vitral da capela, no 1º andar do edifício, próximo à Sala Capibaribe; duas esculturas em formato de ondas ou correntes; e a obra cujo conjunto tem a aparência de uma cruz. Essas três últimas encontram-se no auditório do Pleno do Tribunal.   

    Em artigo ainda não publicado, intitulado “A iconografia a Justiça na sede do TRF da 5ª Região - uma visão pragmática”, o desembargador federal Rogério Fialho destaca que, no salão do Pleno, uma pessoa desatenta acredita estar diante de um crucifixo, tratando-se, na verdade, de um ‘símbolo do infinito”. Segundo Fialho, a peça de Mariana Peretti consiste em quatro pedaços de canos, esculpidos em ferro laqueado dourado, cada um deles em formato de “L”, dois virados para cima (de menor comprimento) e dois virados para baixo (de maior comprimento). Em cada um dos conjuntos (o superior e o inferior), o “L” está voltado de costas para o outro. Os canos são paralelos e, no centro (onde não se interceptam), há um círculo preenchido também em ferro fundido dourado.  

    Ainda no Pleno, duas grandes esculturas forjadas em ferro laqueado em dourado podem ser vistas nas paredes. “Elas ficavam em linha, na parede oposta à entrada principal da sala de sessões da composição plena da Corte”, escreveu o magistrado. “Com a reforma realizada para a ampliação do plenário, em 2016, a menor delas foi deslocada para a parede contrária à escultura que se convencionou chamar ´O infinito´”, ressalta Fialho. 

    Já em cima do altar na capela do TRF5 está um vitral da artista plástica nas cores predominantemente azul e verde. Rogério Fialho lembra que, na arquitetura, os vitrais são responsáveis pela ponte, pela interrelação entre o interior e o exterior dos prédios. “Através da peça de vidro vivamente colorido, incrustrado em ferro laqueado, medindo 3,50 x 3,60m, penetra a luz solar, dando vida ao pequeno ambiente de recolhimento, em espectros de grande beleza”, observa. 


    Por: Divisão de Comunicação Social - TRF5





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