Última atualização: 26/09/2025 às 15:50:00
A desembargadora federal Cibele Benevides recebeu, na última quinta-feira (25/09), o título de cidadã cearense, concedido pela Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece). Participaram da solenidade o presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região – TRF5, desembargador federal Roberto Machado, os desembargadores federais Fernando Braga e Leonardo Carvalho, as desembargadoras federais Germana Moraes e Gisele Sampaio e o juiz federal Bruno Teixeira, que também foi agraciado com o título.
Gisele Sampaio falou trajetória da colega de Corte, ressaltando os diversos desafios familiares enfrentados e superados pela homenageada. Além disso, trouxe detalhes sobre o currículo acadêmico e profissional dela, entre eles o fato de que Cibele foi a primeira mulher promovida pelo quinto constitucional do Ministério Público à vaga de desembargadora do TRF5.
“Cibele foi um sopro de frescor no TRF5, arejando, com sua visão corajosa e inovadora, as estruturas do tradicional e conservador Poder Judiciário. Traz consigo o Ministério Público na forma de dialogar de perto com a sociedade, de ser destemida, de ousar e trazer a vanguarda do pensamento jurídico. Ela sempre está disposta a conceber um projeto inovador, a trabalhar no coletivo, criando redes, construindo pontes”, destacou Sampaio.
Em seu discurso de agradecimento, Cibele Benevides disse que, apesar de ter nascido em São Paulo e nunca ter residido no Ceará, a relação com o Estado vem das raízes familiares que tem na região de Mombaça. Após apresentar detalhes da história dos ascendentes, a desembargadora ressaltou que tem orgulho de ter “sangue cearense” circulando nas veias. “Eu sempre admirei imensamente o povo do Ceará, sua inteligência, seu bom humor, mas, especialmente, a força das mulheres cearenses”, concluiu.
Coube a Fernando Braga homenagear Bruno Teixeira, que também recebeu o título. Braga lembrou que Teixeira já atuou como promotor de Justiça no Ceará, na Região do Cariri, e elogiou a postura do magistrado ao longo de sua trajetória. “Bruno, bem jovem, enfrentou casos difíceis e conheceu bem cedo o peso silencioso do dever. Ameaças, escolta, prudência sem medo. Há horas em que a legalidade precisa de alguém que a sustente de pé, e ele sustentou, sem alardes”, afirmou.
Em sua fala, Bruno Teixeira relatou que as ameaças sofridas no início da carreira deixaram fortes marcas, abalando o ânimo com a profissão e o olhar sobre a vida. Apesar disso, o juiz explicou que contou com o apoio de amigos e colegas de ofício para superar os impactos negativos sofridos, agradecendo a eles e ressaltando o papel da família para o sucesso da carreira.