Nos tempos em que boas práticas sustentáveis ganham cada vez mais força, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região - TRF5 e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) se uniram para implantar o projeto de eficiência energética “Energizando a Justiça”, que busca avaliar, diagnosticar e aplicar soluções inovadoras para o melhor uso da energia elétrica em todos os prédios da Justiça Federal da 5ª Região, de forma a reduzir os custos e colaborar com o meio ambiente. O projeto foi lançado nesta terça-feira (5). 

Na abertura do evento, o presidente do TRF5, desembargador federal Edilson Nobre, afirmou ser “uma satisfação a colaboração entre duas instituições públicas e a celebração da parceria com a UFPE, que desenvolve grandes projetos”. Em seguida, o professor Pedro André de Carvalho Rosas, que coordena o projeto e o curso de Engenharia Elétrica da UFPE, apresentou a iniciativa. Segundo ele, a ideia é monitorar a eficiência energética de todos os prédios do TRF5, trazendo, assim, um maior controle do consumo de energia. Ao final dos trabalhos, serão identificados pontos especiais de melhoria. Além disso, estão previstas ações como realização de treinamentos com as equipes das áreas técnicas do Tribunal. “A ideia desse projeto vem de toda uma visão de inovação tecnológica e de transferência de conhecimento à sociedade. Nós encontramos a possibilidade de trazer para dentro do Tribunal alguns trabalhos que são desenvolvidos na Universidade”, revelou.  

Já o pró-reitor de pesquisa e inovação da UFPE, professor Pedro Carelli, destacou a importância da ciência dentro das universidades. “Hoje, a universidade pública no Brasil é a principal detentora de capital científico e tecnológico, produzindo 90% da ciência brasileira. É muito importante que a gente possa fazer projetos de pesquisa e inovação e também aplicá-los, seja no setor público ou no privado”, enfatizou o docente. A diretora-geral do TRF5, Telma Motta, também participou da solenidade e disse estar confiante no sucesso do projeto, uma vez que somente o Tribunal gasta, anualmente, cerca de R$ 3 milhões com energia elétrica. “Dessa parceria teremos bons frutos para a 5ª Região. Nosso custo é muito alto, então, precisamos, cada dia mais, buscar essa eficiência energética”.  

O vice-reitor da universidade, Moacyr Cunha de Araújo Filho, destacou a importância de ações que visem à sustentabilidade. “Acho que estamos no caminho absolutamente correto, e a UFPE tem essa responsabilidade de fazer escolhas no caminho da sustentabilidade. Fico muito contente quando vejo uma instituição tão importante quanto o TRF5 também partir nessa direção de iniciar, aprofundar um processo de eficiência energética e começar a pensar essas novas possibilidades, que são absolutamente necessárias”, celebrou o professor. 

O reitor da UFPE, professor Alfredo Macedo Gomes, parabenizou o Tribunal pela ação. “Essa iniciativa é convergente com as melhores práticas, que nós entendemos ser muito importantes para o planeta, de forma geral, e para a sociedade que acredita no desenvolvimento social sustentável. Parabenizo a iniciativa do TRF5 de se movimentar nesse sentido”, afirmou. 

Por fim, Edilson Nobre enalteceu as instituições públicas de ensino superior. “Não tenho dúvidas que uma das inciativas que deu certo no Brasil foram as universidades públicas, e a celebração de um convênio entre o Tribunal e a UFPE é muito gratificante”. 

O evento contou, ainda, com a presença dos juízes federais auxiliares da Presidência, Marco Bruno Miranda e Luiz Bispo. Também acompanharam a solenidade, de forma remota, os diretores de Foro das seis Seções Judiciárias vinculadas, os juízes federais André Granja (AL), Alcides Saldanha (CE), Manuel Maia (PB), Cláudio Kitner (PE), Carlos Wagner (RN) e Gilton Brito (SE).  

Usinas fotovoltaicas - Além da parceria com a UFPE, o TRF5 vem desenvolvendo outras ações voltadas para a redução dos custos com o consumo de energia elétrica e dos danos ao meio ambiente. A Corte já conta com três usinas fotovoltaicas instaladas: uma na área do estacionamento do edifício-sede; outra no telhado da Escola de Magistratura Federal da 5ª Região (Esmafe); e a terceira na Amplição do edifício-sede. Uma quarta unidade será instalada, nas cobertas das vagas de estacionamento da Esmafe.